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Hugo Cháves durante desfile de posse (Foto: Divulgação) |
Desde que assumiu o poder em 1999, Chávez iniciou profundas mudanças nas políticas interna e externa da Venezuela. Mudanças estas, apoiadas no "socialismo bolivariano", o coração de sua política assistencialista, cujo objetivo era combater as doenças, o analfabetismo, a desnutrição, a pobreza e outros problemas sociais. Nascia assim, o "chavismo".
Através dessas políticas sociais, Chávez conseguiu alguns avanços na economia, baseada na extração e refino de petróleo, distribuição de renda, e na educação, chegando a ser declarada pela UNESCO livre do analfabetismo, por ter uma taxa de analfabetismo inferior a 4%.
Entre as principais mudanças na economia, o governo de Chávez garantiu através das leis venezuelanas relativas à exploração petrolífera e de royalties, que a maior parte das receitas fossem aplicadas em programas sociais e de distribuição de renda. O resultado foi que em torno de 15 milhões de venezuelanos pertencentes a classe "E" tiveram suas rendas aumentadas em 53%.
Entretanto, as tentativas de golpes para se perpetuar no poder, o desprezo pelas instituições democráticas e a aproximação com governos considerados hostis, como o Irã de Mahmoud Ahmadinejad, levaram a Venezuela a ser vista com maus olhos pelos organismos internacionais e por vários países, como os Estados Unidos, que chegaram a classificar o país, juntamente com Irã e Coréia do Norte como pertencentes ao "eixo do mal".
Polêmicas à parte, uma coisa é certa: o legado que Hugo Chávez deixa em seu país e em muitos de seus vizinhos, passa pelo poder e pela ascensão popular, onde o chavismo se tornou uma ideologia para grande parte da população.
O chavismo vai continuar. Diferente, é claro, mas vai. Nenhum governo pós-Chávez poderá ignorar o poder que a população mais pobre ganhou durante seu governo, nem conseguirá mudar a estrutura criada para favorecer essas pessoas, que históricamente foram vítimas de governos elitistas no país.
Sua figura de liderança, como de um "grande pai" que cuida dos "filhos oprimidos e esquecidos" da América Latina e que serviu de inspiração para governos populares em países vizinhos como Bolívia, Equador e mesmo o Brasil, vai perdurar por muito tempo.
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