Situado na Europa Ocidental, o Reino da Bélgica possui uma população de aproximadamente 10 milhões de habitantes, é um dos menores países do continente com cerca de 30 mil km² e divide-se em duas grandes regiões principais: Flandres e Valônia.
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Mapa representativo das duas principais regiões belgas: Flandres e Valônia |
A região de Flandres é responsável pela maior parte da riqueza do país, em parte pelo seu passado mercantil, que a tornou um dos principais centros de comércio da Europa. Flandres abriga também importantes cidades industriais e de serviços, como Antwerpen, Gent e Bruxelas quem também é a capital administrativa da União Européia.
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Bandeira de Flandres |
Já a Valônia, ao sul do país, já teve sua importância econômica no passado, graças às suas reservas de carvão mineral, principalmente nos arredores de Charleroi. Nessa região se localiza a floresta de Ardennes, uma área pouco populosa e conhecida principalmente pelas batalhas ali ocorridas entre tropas alemãs e aliadas durante a Segunda Guerra Mundial.
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Bandeira da Valônia |
A diminuição na utilização do carvão como matriz energética acarretou na diminuição do desenvolvimento da Valônia, gerando o fechamento de muitas minas e por consequência aumentando drasticamente os índices de desemprego na região.
Após a Segunda Guerra Mundial, o país mudou seu eixo econômico para o setor de serviços e ampliou seus acordos político-comerciais com os países vizinhos, como Holanda, Alemanha, Luxemburgo e França, intensificando o comércio e fazendo de Flandres uma região de destaque na economia nacional.
Todo esse cenário associado às diferenças culturais e linguísticas, uma vez que em Flandres o idioma falado é o flamengo enquanto na Valônia a população é francófona, acirraram as rivalidades entre essas duas regiões.
Além disso, durante a década de 70, houve um processo de federalização no país, levando à criação de várias instituições autônomas em ambas as regiões, enquanto os assuntos estratégicos do país continuavam por conta do governo central, baseado em Bruxelas.
A crise mais recente no país ocorreu em meados de 2007, quando representações políticas de Flandres se opuseram a representantes políticos da Valônia sobre uma possível separação entre as duas regiões.
Flandres defende uma cisão entre as duas partes do país, enquanto os valões são contra, uma vez que uma possível separação acarretaria no fim do repasse de 10 bilhões de euros anuais por Bruxelas, agravando ainda mais o declínio econômico e o desemprego na região.
Até hoje as discussões continuam e os políticos belgas ainda terão muito trabalho para decidirem qual a melhor forma de solucionar os problemas internos da nação, que passam não somente pelas questões econômicas, linguísticas e culturais, mas que também envolvem o futuro da sede da maior aliança econômica mundial.
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